'Era ele ou eu', diz assassino do jogador William Morais

6 de fev. de 2011


Um dos homens presos na manhã deste domingo por assassinar o meio-campista do América William Morais, de 19 anos, no Bairro Santa Terezinha, na Região da Pampulha, mostrou frieza ao comentar o crime na delegacia. “Eu mexi com a mulher dele e ele não gostou. Eu disse que ela não tinha identificação na testa, que eu não sabia que ela era mulher dele. Tentou tomar a minha arma e atirei. Era ele, ou eu”, disse Darisson Carlos Ferraz da Silva, de 18 anos, que tem diversas passagens pela polícia, por tráfico de drogas, roubo e porte ilegal de armas.

Também foram presos Daivisson Carlos Bazílio Moreira, de 23, que já responde a inquéritos por tráfico de drogas e associação para o tráfico, e Hebert Silva Lopes da Silva, de 18, que tem prontuário por tráfico, associação para o tráfico e porte ilegal de armas.

Os pais do jogador, Francisco Antônio de Morais e Maria Clerismar de Oliveira, moram em Guarulhos (SP). Eles foram informados do crime às 2h30, pelo Corinthians. Às 7h30, eles e o empresário do atleta, Marcelo Zanotti, deixaram a capital paulista de avião. Em Belo Horizonte, foram direto para o Instituto Médico Legal (IML) para reconhecimento e liberação do corpo. “Eu só queria o meu filho de volta, meu único filho. Vamos tirar ele daqui, vamos levá-lo para casa”, chorava a mãe, sem acreditar na tragédia.

Além de Willian, jogadores de outros clubes teriam participado da “Festa das Louras”, como foi batizado o encontro, com mulheres selecionadas. O ingresso custava R$ 200. O local é o mesmo onde o ex-jogador do Cruzeiro Wagner foi acusado de agredir garotas de programa há alguns meses. Neste domingo, segundo a polícia, uma mulher de 27 anos, teria saído da festa para buscar uma bolsa em seu carro, no estacionamento, que fica num terreno ao lado, e Willian foi atrás, pensando que ela estivesse indo embora e a pedindo para ficar mais um tempo na festa.

“Os dois conversavam na rua, em frente ao estacionamento, quando os ladrões chegaram dizendo “’perdeu, irmão, perdeu, irmão, passa tudo já’, mandando a vítima tirar a corrente de prata do pescoço”, conta o delegado Carlos Augusto Marçal, que autuou os suspeitos em flagrante. Willian se assustou, tentou correr e levou um tiro nas costas. “A mulher conta que ficou assustada, encostada na parede. Os ladrões fugiram sem levar nada”, completa o soldado Chrisley Soares de Lima, do Tático Móvel do 34º Batalhão da PM.

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